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Os SAFs – Sistemas Agroflorestais ou Agrosilvipastoris, são plantios consorciados de espécies arbóreas florestais com culturas agrícolas, hortícolas, frutíferas e a pecuária, na mesma unidade de área. Geralmente é uma prática associada à agricultura familiar, e usada como forma de produção de alimentos para a subsistência e segurança alimentar familiar, e ainda, em muitos casos, utilizada como fonte alternativa de renda quando comercializados os excedentes de produção. Estudos já mostram que os SAFs podem ser mais rentáveis em unidade de área do que plantios de monocultura, como a soja, por exemplo. As agroflorestas são sistemas capazes de potencializar o uso de áreas para uma produção mais sustentável e orgânica de alimentos e culturas, e têm sido utilizadas e fomentadas, inclusive pelos órgãos ambientais como estratégias de restauração florestal, de conservação do solo e da biodiversidade. Além de tudo isso, recentemente tem se buscado avaliar o potencial de sequestro de carbono das agroflorestas. Pois, se sabe que esta forma peculiar de cultivo geralmente produz uma alta quantidade de biomassa no solo e acima dele, tanto no desenvolvimento das árvores quanto das culturas intercaladas, e que, por consequência, retira muito carbono do ar. Com este sequestro de carbono do ar, os SAFs podem ainda oportunizar aos seus proprietários a geração de “créditos de carbono”, e uma nova fonte alternativa de renda para a propriedade. Este fato em específico tem despertado interesse da ciência especialmente por convergir com as necessidades atuais de combater e se adaptar às mudanças climáticas globais, além de todos os outros benefícios ambientais, sociais e econômicos citados acima. Portanto, a agrofloresta é uma prática de cultivo e restauração florestal que provavelmente será muito expandida e fomentada nos próximos anos, especialmente em pequenas propriedades rurais.

Fonte: Por Alexandre Hüller, in: https://www.jornalgazeta.com.br/colunas/alexandrehuller