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No território do Rio Grande do Sul existem duas espécies de onças que vivem naturalmente no meio ambiente. A onça pintada (Panthera onca) que é o maior carnívoro da América do Sul é encontrada apenas em poucos exemplares no Parque estadual do Turvo. A outra espécie é onça parda (Puma concolor), também chamada de puma, suçuarana e até de “leão baio” que é o segundo maior felino das Américas. A onça parda possui uma área de abrangência maior no estado, e esteve praticamente extinta no RS no passado, mas, aparentemente tem aumentado sua população e distribuição nos últimos anos. Pois, recentemente tivemos registros de exemplares desta espécie em diferentes regiões do estado, como em Palmeira das Missões, Panambi, Viamão, Catuípe, Gramado, e em vários locais no Bioma Pampa. Ambas as espécies tem um comportamento discreto e possuem um papel extremamente importante no equilíbrio ecológico dos ecossistemas, pois se tratam de predadores naturais de topo da cadeia alimentar, alimentando-se de animais nativos de médio porte. Observa-se também que as populações de outros animais nativos também estão aumentando, como por exemplo, de espécies de quatis, capivaras, ratão do banhado, lontras, dentre outros. Com isso, fica ainda mais importante a presença destes grandes predadores para controlar e equilibrar naturalmente este processo. Acontece que, em parte da população da zona rural a presença destes animais ultimamente está sendo motivo de preocupação. Pois, recentemente tivemos o episódio de Maquiné-RS onde uma onça parda atacou um agricultor, e fora do estado em Mato Grosso do Sul, a morte de um caseiro por uma onça pintada do Pantanal. Porém, a princípio aqui no RS estes exemplares ainda existentes na natureza não devem ser motivos para pânico. Mas ao se deparar com um animal assim, o ideal é não reagir e deixar que ele fuja naturalmente.

Fonte: Por Alexandre Hüller, in: https://www.jornalgazeta.com.br/colunas/alexandrehuller