MUDANÇAS NO COMANDO DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
12/09/2023 - Meio Ambiente, Sustentabilidade e Agronegócio
Na semana em que caiu mais um Ministro de Meio Ambiente nos obrigamos a contextualizar os motivos de tanta polêmica na condução da pasta ultimamente. Antes de qualquer opinião é preciso racionalizar os fatos e reconhecer que em qualquer setor, ramo, empresa ou negócio, a radicalização dificilmente resulta e algo positivo. Por isso, em termos ambientais, acredita-se que o radicalismo para nenhum dos lados constrói uma evolução. Nem nos argumentos dos extremistas ambientais, tampouco, naqueles que ignoram e desprezam a sua importância. Assim, mesmo para aqueles que defendiam as estratégias adotadas por Salles, provavelmente limitados às ideologias políticas/partidárias sem capacidade de compreensão ampla e visionária, precisam entender que o diálogo, o respeito e a transparência são virtudes a serem respeitadas na coisa pública, e necessários para promover mudanças que resultem em evolução positiva. Eu mesmo, neste espaço já defendi muitas vezes a necessidade de modernização dos processos e legislação ambiental, para com isso, traçar caminhos mais sustentáveis. E que estes fossem feito sem radicalismos, com responsabilidade, amplo diálogo e discussão com todos os envolvidos e afetados. O mundo moderno exige isso. Em tempo, vemos que a famosa frase de Salles de “passar a boiada” vai ficar marcada negativamente na história ambiental brasileira. E na verdade o que Salles protagonizou em sua gestão foram ações até esperadas por representações diversas, menos ambientais. Porém, quem sabe não possamos aproveitar todos estes equívocos como lição, para mais uma vez ver que é preciso aglutinar as pessoas e representações para convergirem a uma decisão satisfatória. Que a população precisa ser ouvida e participar das decisões. E que de qualquer jeito as coisas não dão certo, e, tampouco, a boiada passa.
Fonte: Por Alexandre Hüller, in: https://www.jornalgazeta.com.br/colunas/alexandrehuller